quinta-feira, 2 de março de 2017

Tenho o coração tão pequenino

Adiei o mais que pude esta decisão, adiei, adiei, até não conseguir encontrar mais nenhuma razão que justificasse a permanência dos meus filhos no colégio que estavam até sexta passada.

O investimento que mensalmente fazia não apresentava retornos positivos, cada dia que passava se notava mais a falta de fio condutor de acções, de projectos e desenvolvimentos.

Durante meses, recusava-me a ver que aquela fosse a vontade do colégio, que a via da mediocridade fosse efectivamente o que pretendiam, para mim o elevar, cultivar e trabalhar a educação e aprendizagem só podem ser as prioridades de qualquer instituição de ensino; recusava-me a interiorizar que um colégio privado, estivesse constantemente a comparar-se com o público; recusava-me a acreditar que a direcção pudesse ser concordante com métodos repressores, ultrapassados e retroados, sendo usado o reforço negativo, a redução de auto-estima dos alunos, a aplicação de sofrimento emocional, a descriminação e em alguns contextos o bullying institucional.

Por isso e depois de várias intervenções junto da direcção da escola, decidimos que não podiam continuar naquele colégio até ao fim do ano, iria ser mais prejudicial que as "dores" da mudança a meio do ano, e então mudamos!

Hoje tenho o coração pequenino, hoje foi o primeiro dia de aulas no colégio novo. Estou com o coração pequenino, porque os meus pintainhos estão em processo de mudança, mas ao mesmo tempo, sinto um alívio, um alívio enorme.


 

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