O meu querido filho ao fim de quase sete meses de vida, começa agora a aprender a ser manhoso. Desde que começou a introdução dos alimentos sólidos e a diversificação dos sabores, no dia 1 de Maio, que esta criança parece um saco de comida andante, afinal nós ainda não acabamos de encher a colher já ele está de boquinha aberta a pedir por mais.
No entanto, tal como a gente grande, também este niquinho começa a ter as suas preferências, o que ele mais gosta é da frutinha, come toda enquanto o "diabo esfrega um olho", mas tem uma afeição especial pelas pêras cozidas.
Ainda este sábado, estava a dar-lhe o almoçinho, que normalmente costuma ser a bela da papinha, e ele satisfeito da vida abria a boquinha e pedia mais, e cá eu colherada bem cheia. Quando o seu pratinho não tinha absolutamente mais nada para rapar a mãe do Joãozinho, pôs o bebé na esperguiçadeira, (eu gosto de lhe dar comidinha sentado ao meu colinho, porque ele sózinho ainda não segura completamente as costas, e na esperguiçadeira acho que ele fica tão baixo que qualquer dia quem fica com as costas tortas sou eu) e foi preparar a frutinha, triturando um pêssego madurinho para a taça da sobremesa.
Como o Joãozinho, agora come três variedades de fruto por dia, almoço, lanche e jantar, normalmente ao almoço tenho mandado para a escolinha duas pêras cozidas (sim é um alarvinho a comer), e para o lanche e jantar deixo mais as frutas da época como os alperces, pêssegos, melão, porque assim eu passo-os na varinha mágica e sei que ele os come melhor do que só esmagados com o garfo.
Bom, mas como estava a contar, (sim porque isto de falar de filhos, faz-nos perder o fio à meada, porque é mais isto e mais, aquilo e não fossem as conversas como as cerejas, se não nos controlamos um pouco às tantas já não estamos nem de longe, nem de perto, no tema inicial) como era sábado deixei o pêssego para o almoço de forma a diversificar, ele estava na cozinha comigo, sentadinho na sua magestal e almofadada poltroninha e ouvia, evidentemente, o barulho da varinha mágica, ia refilando de quando a quando, como quem diz, "mãmã estou aqui, dá-me lá essa maravilhosa pêra que estás fazer", bem tirei-o da esperguiçadeira, sentei-o ao meu colo e começo a dar-lhe o pêssego, e então não é que o meu querido filhote, chorou e refilou o tempo todo, mas continuava a abrir a boca, afinal mais vale um pêssego na barriga que uma pêra cozida na ideia.
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