Sinto-me cada vez mais apaixonada, cada vez que entro no meu quarto e olho para o berçinho do meu niquinho, fico completamente embevecida e totalmente babada.
Amo o meu filho, e agora mais do que nunca sinto na pele o velho ditado português "quem os meus filhos beija, meus lábios adoça!" e nem tão pouco me consigo imaginar a agir de outra maneira. Quem não considera o meu niquinho, é imediatamente cortado da minha vida. O meu filho acima de tudo.
Penso que todas as mães agem assim, eu ria-me quando a minha própria mamã dizia, "se alguém mexer com a minha filha, eu calço as tamancas, ponho a mão na cintura e rodo a baiana", ria-me a bom rir, achava a expressão com imensa graça apesar de exagerada.
Hoje sou eu, não desconsiderem o meu bebé, porque eu transformo-me completamente, não mexam com o meu menino, porque quem o magoar, seja lá esse "quem" quem quer que seja, vai levar que contar.
Tenho-me controlado, mas estou como que uma panela tapada com água a ferver à mais de dez minutos, estou prestes a deitar por fora, bem sei que não posso obrigar ninguém a vir ver o meu filho, ele é especial para mim, afinal é o meu filho, mas por mais que tente ignorar certas atitudes, ele também devia ser especial para os pais do meu marido, é o mínimo que se pode sentir por um neto e eu sei que eles sentem isso pelos outros netos.
Das pouquíssimas vezes que vieram a minha casa ver o neto, passaram a vida a comparar o meu menino com as netas, "ai tão pequenino, a ... está enorme, no primeiro mês cresceu 8 cm... agora com três meses já pesa 7kg ", o meu menino nasceu com 2.788 gr e 48 cm, e até podia ter nascido com menos peso e menos tamanho que ia ser sempre o meu menino e devia ser sempre o menino deles também.
Mas não, vêm ve-lo de passagem, quando têm um espaçinho na agenda não ocupado pelas netas, vêm ve-lo quase que por obrigação, pegam-no ao colo três segundos, dizem à já cresceu, e vão embora.
Pois que não venham, que não me apareçam à frente é um favor que me fazem, não me enervam, não me tiram do sério, não me irritam e sobretudo não de me fazem engolir sapos. Já faltou mais, para levarem que contar, bem sei que são pais do meu marido, e que se há alguém nesta casa que os deveria meter na ordem, esse alguém é ou pelo menos deveria ser o seu filho, e eu tenho aguentado, engolido, aguentado, aguentado,... logo euzinha que não sou pessoa de me engasgar nem deixar uma palavrinha presa na goela, mas não, tenho aguentado, engolido, soprado, mastigado,...
Hoje foi a gota de àgua, telefonaram às 19h15 a perguntar se podiam cá passar, apareceram às 19h47, e foram embora às 20h04, vieram a minha casa, trouxeram as netas com quem tinham passado o dia, as sobrinhas do meu marido, uma delas que ele só viu duas vezes, sendo que uma das vezes foi hoje, e ficaram em minha casa, literalmente 17 minutos. O Joãozinho estava acabadinho de sair do banho quando eles chegaram, eu estava a vesti-lo, e a tratar da sua higiene, fralda, cremes, soro fisiológico e etc, o menino estava acordadíssimo.
O meu menino não precisa de migalhas, têm o amor incondicional dos pais e dos avós, é e será sempre uma criança amada e muito querida nesta familia, não precisa que os pais do pai cumpram obrigações... deixem-nos em paz
0 Meninos:
Enviar um comentário